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Dos batuques primitivos ao gênero musical “samba”

By Antonio Nóbrega | 17 agosto 2016 | Sem Comentários


Em 1916, com o registro na Biblioteca Nacional da composição Pelo Telefone pelo Donga, se formaliza o nascimento do gênero musical — embora que ainda imaturo — que marcaria de modo indelével o semblante cultural do país. O gênero, denominado de Samba, graças e sua divulgação a partir da capital federal pela nascente rádio, veio entranhar-se no corpo e espírito nacional de tal maneira a dar origem a um tão vivo quanto fecundo imaginário cultural.

O que não sabemos é que ao lado do “gênero” samba, muitas outras formas de samba, que ainda se derramam pelo país, não ganharam igualmente as suas “cartas de alforria”.

Antes da palavra samba “instituir” o gênero com o qual hoje o identificamos, o nome era sinônimo de batuque, festa, brincadeira, baile popular, cantoria, pagode, etc. Esses batuques, bailes ou sambas são conhecidos, e praticados, ainda hoje em várias regiões do Brasil pelos nomes de Coco de Zambê, Samba de parelha, Tambor de crioula, Jongo, Batuque paulista, Calango, Carimbó, entre outros. São manifestações de dança e música que guardam entre si inúmeras características comuns, entre elas, e principalmente, a umbigada, a punga, ou como era chamada pelos primeiros escravos trazidos para o Brasil, a semba, de onde, portanto, Samba.

O projeto “Do Semba ao Samba”, que estamos fazendo no Sesc Pinheiros, através do seu amplo leque de atividades, tem como objetivo não só apresentar a arte do samba via espetáculo e aulas-espetáculos, como também proporcionar conversas por meio de mesa de debates e a sua vivência corporal e musical, via oficinas e sambadas.

Confira aqui toda a programação e vem com a gente.

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