Início » Letras » Bruma

Bruma

By Antonio Nóbrega | 24 abril 2022 | Sem Comentários


Antonio Nóbrega-Bráulio Tavares
Arranjo Edmilson Capelupi

 

Pelejo e não posso ver

pra onde vai o caminho…

O espírito tá escuro

e o mundo tão brumadinho…

A neblina cobre a serra

feito fumaça de guerra.

E eu avanço lentamente

na manhã do nunca mais…

Com pena de olhar pra trás

com medo de olhar pra frente.

 

Noite antiga e dia novo,

eu já passei nessa estrada.

Lembro mais da minha história

cada vez que ela é contada.

Viajei feito migrante

que no mar do Sol Levante

navegou, desceu na areia,

caminhou pisando a espuma…

E no céu nascia uma

lua branca, imensa e cheia.

 

Como a névoa pelo ar

o tempo vai se espalhando…

Pelejo e fico pensando

se adianta pelejar…

Olho o dia clareando

através do nevoeiro…

 

O futuro é um lugar

perigoso e estrangeiro.

E quem chega lá primeiro

nessa luz há de queimar.

 

PRINCIPAIS ASSUNTOS