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Acervo de literatura de cordel de Antonio Nóbrega vira biblioteca física e virtual aberta ao público

By Antonio Nóbrega | 6 março 2020 | Sem Comentários


Coleção pessoal do artista reúne mais de cinco mil exemplares. Obras estão disponíveis pela internet e em uma biblioteca física no Instituto Brincante

O acervo pessoal de folhetos de cordel de Antonio Nóbrega agora faz parte de uma biblioteca no Instituto Brincante, que está aberta ao público desde o dia 12 de março (quinta-feira). São quase  seis mil exemplares que farão parte do “Acervo Brincante de Literatura de Cordel – Coleção Antônio Nóbrega”. O material foi coletado pessoalmente pelo artista, ao longo de suas andanças e pesquisas pelo país nas últimas décadas. Há também folhetos oriundos da coleção do jornalista e museólogo Luiz Ernesto Kawall adquirida por Nóbrega.

Parte das obras, cerca de 300 exemplares que já são de domínio público, está no portal http://acervoantonionobrega.com.br/ para consulta e download. No Brincante, o público tem a possibilidade de acesso ao acervo completo em um ambiente de pesquisa e estudo preparado especificamente para o projeto.

Uma equipe especializada trabalhou no processo de reparos e descrição do material. O grupo atuou também em uma extensa pesquisa de confirmação de autoria, data e validação de dados sobre cada peça. Alguns exemplares foram editados nas primeiras décadas do século XX e passaram por um processo minucioso para garantia de conservação.

A ideia da Biblioteca não é só a de preservar uma das maiores coleções do Brasil, mas também a de compreender um país narrado pela voz popular.

Todo o conteúdo do acervo está disponível para consulta pública presencial de forma totalmente gratuita. As visitas devem ser agendadas e serão acompanhadas por um(a) profissional responsável. Os interessados devem escolher os documentos que pretendem consultar pelo catálogo eletrônico no site e agendar a visita, que pode ser feita às segundas-feiras das 10h às 14h e quartas-feiras das 14h30 às 18h30.

A execução e a coordenação técnica do projeto são da artista visual Marina Januzzi Nabuco de Araújo, que trabalhou nas coleções de Literatura de Cordel e Fundo Aracy Amaral e no Serviço de Arquivo e no Laboratório de Conservação e Restauro do Instituto de Estudos Brasileiros da USP, em parcerias com o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional e Itaú Cultural.

Marina teve auxílio de Karoliny Borges, historiadora pela USP, com atuação em preservação, memória e arquivologia. Em sua iniciação científica, com o título: “Acabou o papel: práticas de memória, cultura visual e transformações urbanas – São Paulo (1948-1988)”, ela organizou a documentação pessoal de Nery Rezende. A pesquisadora colaborou no Arquivo do Instituto de Estudos Brasileiros junto ao projeto de organização das cartas do músico Camargo Guarnieri e iniciou a organização do fundo pessoal do geógrafo Manuel Correia de Andrade. Atualmente faz parte do projeto de organização dos Fundos Antonio Candido e Gilda de Mello e Souza.

“Este acervo conta com o apoio do Edital de Apoio à Digitalização de Acervos – Secretaria Municipal de Cultura”. 

Realização: Prefeitura de São Paulo — Cultura

 

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