Antonio Nobrega é convidado do Inspira.mov Brasil

By Antonio Nóbrega | 25 junho 2016 | Sem Comentários

Série inédita tem produção da Grifa Filmes e direção de Mara Mourão. Episódio com participação do artista vai ao ar na TV Cultura no dia 29/07. 

São Paulo ( sp ) 27/08/2015 - Gravação do Programa Inspira Mov - Na foto, Antonio Nóbrega . Foto Eliária Andrade

Foto Eliária Andrade

No dia 29 de junho, a partir da meia noite, a TV Cultura exibe mais um episódio da série Inspira.mov Brasil e Antonio Nóbrega é o convidado da semana.  No programa, o artista pernambucano, radicado em São Paulo, destaca a descoberta da cultura popular brasileira na juventude e fala sobre  como  as manifestações lúdicas dessa cultura podem ser utilizadas para melhorar a vida no mundo contemporâneo.

O depoimento de Nóbrega ao projeto trata da iniciação do artistas na música por meio do violino, incentivado pelo pai, e a grande mudança de horizonte que atravessou no final da adolescência. Aos 18 anos, foi convidado pelo escritor Ariano Suassuna para integrar o Quinteto Armorial, grupo precursor na criação de uma música de câmara brasileira de raízes populares. A partir de então, passou a desenvolver um enorme interesse pela música dos repentistas, o frevo, os maracatus, a capoeira, os brincantes de bumba meu boi etc. “Este mundo foi entrando pelos meus poros”, afirma.

Nóbrega destaca que se dedica a entender qual a função destas manifestações artísticas dentro do mundo contemporâneo no qual vivemos. “Eu tenho para mim que este universo tem um sentido que transcende a si mesmo”, afirma sobre o potencial transformador da cultura popular. “O meu tesouro é acreditar que dentro do mundo no qual a gente vive, junto de nós, existem pequenos resíduos, sinais de que o mundo pode ser diferente. Eu não sei se a gente vai ser capaz de transformá-lo. É provável que não, mas o provável talvez não seja sinônimo de impossível”.

 

Sobre o Inspira.move Brasil:

Ideias e comportamentos inspiradores são a matéria-prima da série inédita Inspira.mov Brasil. A Grifa Filmes – premiada produtora brasileira que comemora 20 anos em 2016 – criou o formato do programa para a TV. A direção é da premiada diretora de documentários e filmes Mara Mourão.

Com meia-hora de duração cada episódio apresenta os pensamentos inovadores fundamentais que nortearam as trajetórias profissional e pessoal de diversas personalidades brasileiras. Entra elas estão, além de Antonio Nóbrega, a cantora Negra Li, os artistas plásticos Elifas Andreato e Eduardo Srur, a filósofa Viviane Mosé, os empreendedores sociais Eduardo Lyra e Rodrigo Baggio, a sommelière de cervejas Cilene Saorin, os jornalistas Paulo Lima e Mauro Beting, o radialista Edgard Piccoli, o empresário da noite Facundo Guerra e a especialista em economia criativa Lala Deheinzelin. A série foi gravada no teatro Franco Zampari,  da TV Cultura, em São Paulo.  Os depoimentos são intercalados por imagens dos convidados nos locais onde desenvolvem suas atividades de criação e trabalho.





Antonio Nóbrega sobe ao palco com a banda Em canto e Poesia

By Antonio Nóbrega | 24 junho 2016 | Sem Comentários

 

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Antonio Nóbrega estará em Recife neste sábado como convidado especial da banda Em Canto e Poesia. O grupo sobe ao palco como atração do Ciclo Junino, realização da Prefeitura do Recife.

A banda Em Canto e Poesia nasceu de improviso durante uma apresentação do poeta Antonio Marinho em 2005.  Na ocasião Greg, irmão de Marinho, começou a acompanhar o recital com um violão. Os dois passaram a contar com o também irmão Miguel Marinho e, de lá pra cá, o grupo vem agregando músicos e reforçando referências da cultura repentista e de compositores populares. 

A apresentação deste sábado está marcada para acontecer no Sítio Trindade. O palco vai receber também artistas como Maria da Paz, Família Salustiano e Rabeca Encantada, Rogério Rangel e Terezinha do Acordeon. Os shows começam a partir das 19 horas e a apresentação de Em Canto e Poesia e Antonio Nóbrega está prevista para as 22 horas.

Entrada Franca!

Informações: http://bit.ly/28ZySuA

 

 





Antonio Nóbrega presta homenagem a Luiz Gonzaga em João Pessoa

By Antonio Nóbrega | 14 abril 2016 | Sem Comentários

Lua

O artista Antonio Nóbrega se apresenta no Teatro Pedra do Reino no próximo dia 20 de abril com uma homenagem a Luiz Gonzaga. O espetáculo Lua traz releituras de músicas instrumentais, de canções pouco conhecidas e de clássicos gonzagueanos, como “Acauã”, “Que nem Jiló”, “Siri Jogando Bola”, “Baião”, “Juazeiro” e “Asa Branca”.

No palco, Nóbrega é acompanhado por sete versáteis músicos. As músicas de Luiz Gonzaga receberam originais e modernos arranjos criados por Edmilson Capelupi , Edson Alves e José A. Sobrinho. O rei do baião é homenageado não apenas como grande compositor e intérprete nordestino — desbravador e divulgador de inúmeros ritmos e gêneros musicais, como xote, xaxado, chamego e, sobretudo, baião – mas principalmente como um dos músicos fundadores da música brasileira de todos os tempos.

Os ingressos custam R$ 100,00 (plateia, inteira) e R$ 80,00 (balcão nobre, parte superior do teatro, inteira). Os bilhetes podem ser adquiridos no site compreingressos.com ou na sede da Casa de Taipa Produções, no Empresarial Tambaú (Av. Edson Ramalho, 100, sala 211,  telefone 99971-2743), que funciona de segunda a sexta, das 14h às 18h. Informações no site http://casadetaipa.art.br/.

Serviço:

Turnê Lua – Antônio Nóbrega

Quando: 20 de abril de 2016

Onde: Teatro Pedra do Reino, Centro de Convenções, Rodovia PB-008, Km 5, s/n

Hora: 21h30

Ingressos: R$ 100,00 (inteira, plateia) R$ 80,00 (inteira, balcão nobre, parte superior do teatro)

Vendas: www.compreingressos.com / Empresarial Tambaú (AV. Edson Ramalho, 100, sala 211) – seg. a sex., das 14h às 18h.

 





Parque Villa Lobos será tomado pela Sambada!

By Antonio Nóbrega | 6 abril 2016 | Sem Comentários

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Já conhecida do público que acompanha as atividades do Instituto Brincante e a carreira de Antonio Nóbrega, a familiar e prazerosa  sambada será apresentada especialmente para o público da Virada da Saúde São Paulo no domingo (10/04). A apresentação começa às 16 horas no Parque Villa Lobos. Nóbrega lavará ao palco um misto de apresentação e roda de dança. Acompanhado por músicos e bailarinos, o artista vai apresentar músicas referenciadas nos ritmos brasileiros.

Durante a apresentação Nóbrega, os bailarinos e músicos convidam o público para participar de uma grande roda de dança. O objetivo é motivar a movimentação do corpo usando as  danças populares do Brasil. A rítmica presente nessas manifestações traz possibilidades benéficas ao corpo, mas ao mesmo tempo não perde de vista o caráter de brincadeira e festa.

O que: Sambada com Antonio Nóbrega na Virada da Saúde

Quando: Data: 10/04/201 – 16h

Onde: Parque Villa Lobos, Av. Prof. Fonseca Rodrigues, 2001, São Paulo

 





Antonio Nóbrega faz show gratuito no Parque Villa Lobos

By Antonio Nóbrega | 6 abril 2016 | Sem Comentários

Sambada comandada pelo artista é parte da programação da Virada da Saúde São Paulo

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Já conhecida do público que acompanha as atividades do Instituto Brincante e a carreira de Antonio Nóbrega, a familiar e prazerosa  sambada será apresentada especialmente para o público da Virada da Saúde São Paulo no domingo (10/04). A apresentação começa às 16 horas no Parque Villa Lobos. Nóbrega lavará ao palco um misto de apresentação e roda de dança. Acompanhado por músicos e bailarinos, o artista vai apresentar músicas referenciadas nos ritmos brasileiros.

 

Durante a apresentação Nóbrega, os bailarinos e músicos convidam o público para participar de uma grande roda de dança. O objetivo é motivar a movimentação do corpo usando as  danças populares do Brasil. A rítmica presente nessas manifestações traz possibilidades benéficas ao corpo, mas ao mesmo tempo não perde de vista o caráter de brincadeira e festa.

 

SOBRE A VIRADA DA SAÚDE

Em comemoração ao Dia Mundial da Saúde (07/04) a Secretaria Municipal da Saúde realiza a segunda edição da Virada da Saúde, em parceria com o Instituto Saúde e Sustentabilidade.  O evento acontece de 3 a 10 de abril com a ideia de aproximar os cidadãos do tema de forma diferenciada, inovadora e lúdica. As atividades da Virada da Saúde acontecerão em quatro eixos de atuação: Cultural, Médico-Assistencial, Bem-Estar e Educação. Clique aqui para mais informações.

 

SOBRE ANTONIO NÓBREGA

Nascido em Recife, começou a estudar violino aos 8 anos. Em 1971, Ariano Suassuna convidou-o para integrar o Quinteto Armorial. A partir daí, passou a estudar o universo da cultura popular e a criar espetáculos de teatro, dança e música nela referenciados. Entre eles: Brincante, Segundas Histórias, O Marco do Meio Dia, Figural, Na Pancada do Ganzá, Madeira Que Cupim Não Rói, Pernambuco Falando para o Mundo, Lunário Perpétuo, Nove de Frevereiro, Naturalmente, Húmus, entre outros. Recebeu diversos prêmios, entre eles o Shell de Teatro, o Tim de Música, APCA, Mambembe, Conrado Wessel, Governador do Estado de São Paulo.

Com seus espetáculos, o artista tem viajado pelo Brasil e outros países. Recebeu duas vezes a Comenda do Mérito Cultural. Tem 12 CDs gravados e três DVDs. Em novembro de 1992, fundou com Rosane Almeida – atriz, bailarina e sua esposa – o Instituto Brincante, em São Paulo. Em 2014, o cineasta Walter Carvalho realizou o longa-metragem Brincante, dedicado à sua trajetória artística.

 

SERVIÇO:

Sambada com Antonio Nóbrega na Virada da Saúde

Data: 10/04/2019

Horário: 16h

Local: Parque Villa Lobos, Av. Prof. Fonseca Rodrigues, 2001, São Paulo

 

IMPRENSA:

PRISCILA COTTA

priscila.cotta@agenciafervo.com.br

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NARA LACERDA

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Eu e Naná

By Antonio Nóbrega | 16 março 2016 | Sem Comentários

Eu e Naná





Singer, eu e a cantadeira

By Antonio Nóbrega | 24 março 2015 | Sem Comentários

Uma boa leitura para esta semana é a entrevista com o cientista político André Singer publicada neste domingo (22/03) no caderno “Ilustríssima”, da Folha de São Paulo. O tema da entrevista é a atual situação política e econômica do país e a presidente Dilma. Vários tópicos nos fornecem à abastança material para reflexão e discussão. Aproveito dois deles para dar fundamento ao meu pequeno texto de hoje.

Um deles diz o seguinte: “A classe média tradicional mostrou que tem horror à ascensão social dos pobres. É um fenômeno sociológico e político. Chega a ser uma rejeição ao próprio povo brasileiro”. Para mim essa é uma daquelas questões realmente essenciais, e precisamos compreender urgentemente as razões que levaram essa rejeição ao ponto em que chegou, pois, tanto no plano social quanto no cultural, ela só tende a nos afastar da compreensão de nós mesmos, fazendo retardar enormemente o nosso avanço em relação a uma nação mais justa e de todos.

As frases acima lembraram-me de um fato que ocorreu comigo. Na verdade, é uma pequena historieta que começa no dia em que uma musicista, ao me escutar cantar um romance* num recital aqui em São Paulo, ficou empolgadíssima com a música a ponto de me procurar depois da apresentação para saber como é que ela poderia ter acesso àquele tipo de música – que, segundo ela, era de muito refinamento. Disse-lhe que se tratava de uma recriação que fizera de um romance anônimo e popular que escutara de uma cantadeira nordestina. Curiosa, perguntou-me se eu ainda iria rever essa cantadeira e se, quando isso acontecesse, ela poderia me acompanhar. Fiquei surpreso com a sua disposição e lhe disse que, coincidentemente, iria voltar a vê-la em breve. A musicista não relutou em afirmar que estaria presente a esse encontro, mesmo sabendo que para isso teria de fazer uma viagem razoavelmente longa.

Não me recordo exatamente quantos meses se passaram dessa data até o encontro, mas o fato é que, no dia aprazado, nos encontramos na capital do estado de nascimento da cantadeira e rumamos para um município distante pouco mais de uma hora, onde ela morava e a escutaríamos.

À medida que o carro se deslocava do centro urbano da cidade para o pequeno município, a estranheza se plantava no rosto da musicista. A impressão que tenho é de que ela nunca visitara uma cidade do interior, e muito menos do nordeste… Chegamos ao município e logo rumamos para um sítio um pouco afastado dele. Lá, perguntei pela minha amiga cantadeira à meninada que já rodeava o carro, e imediatamente foram chamá-la. Ao vê-la aparecer, o rosto da musicista se transformou. A minha amiga cantadeira, uma negra, usava chinela Havaianas (mais para reciclagem do que para qualquer outra coisa), pitava um cachimbo e, ademais, tinha um certo jeitão serioso no olhar… Seguiu-se a apresentação entre ambas, a musicista cada vez mais dando sinais de estupefação. Conversamos alguma coisa e logo pedi à cantadeira que nos cantasse alguns romances. Normalmente ela cantava sozinha – a capela, como se diz – e fui de pronto atendido. Lembro-me de que ela cantou uns dez romances, pelo menos…

Provavelmente minha amiga musicista pensou que encontraria uma figura de cantadeira semelhante àquelas que o cinema edulcora quando quer revelar alguma cena ambientada na Idade Média. Ou pensava, talvez, encontrar alguma dessas cantoras de obras medievais que os CDs (na época em alta) apresentam em reconstituições de época em que tudo parece ser novinho, bonitinho, higienizado, sem ranhura ou ruído. A nossa cantadeira, pelo contrário, tinha uma voz rouca, não dispunha da maioria dos dentes, os cabelos encarapinhados eram pobremente cuidados e vez por outra ainda cuspia para os lados…

Mas foi a partir do momento em que a cantadeira começou a “tirar” os romances que o semblante da musicista deu uma guinada. À medida que a cantadeira cantava e que sua voz ia esquentando, o rosto da musicista também ia se transfigurando. Conforme ela ia entendendo os textos das narrativas, as formas estróficas em que eram cantados, o desenho das melodias, a rítmica sutil mas presente, os recursos de voz utilizados na cantarolagem dos versos etc.,  a sua disposição de espírito ia gradativamente se modificando. Uma aquiescente generosidade se instalava em seu rosto. Arrisco dizer que o que nela se passava era a descoberta de alguma  riqueza oculta que ela começava a perceber, riqueza esta, todavia, difícil de acreditar ser possível encontrar numa pessoa com aquela aparência e vivendo dentro daquele contexto social. Sua formação musical dava-lhe ainda preparo para entender os modos e escalas em que a cantadeira cantava os romances, a antiguidade e atualidade dos procedimentos por ela utilizados, os  fios temáticos das histórias.

Não me recordo se me encontrei novamente com a musicista. De qualquer forma, espero que, assim como para mim, momentos como aquele tenham lhe servido para perceber um pouco da questão da cultura popular brasileira, um assunto que me parece longe de ser levado a sério na dimensão que exigiria.

O outro tópico do artigo do Singer dispensa comentário e historieta: “Chegou a hora da grande política, em que os partidos precisam ser partidos, os estadistas, ser estadistas, e a sociedade vai testar o próprio grau de maturidade”.

 

Nóbrega

 

*Romance é o nome dado a histórias narradas e cantadas em versos. O nosso Romanceiro, nome dado ao conjunto dessas narrativas, é de origem ibérica e uma das manifestações formadoras da literatura de cordel.